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Xilogravura: Carlos Henrique |
Quem são
esses camaradas,
Da cultura
defensores?
São
estudantes, artistas,
Brincantes e
professores,
São poetas
cordelistas
E também
pesquisadores.
Querem saber
os senhores
Que faz o
grupo, afinal?
Arte,
estética, educação
E produção
cultural;
A teoria
marxista
É seu
referencial.
No cenário
nacional
É conhecido
também,
Faz Política
com P grande,
Coisa que ao
povo convém,
Faz inclusão
social
Sem
discriminar ninguém.
Grande
consciência tem
Dos problemas
da Nação,
No que diz
respeito às artes,
Saúde e
educação,
Sonha com um
mundo novo,
Mas sonha de
pé no chão.
Política de
integração
É uma
dinâmica sua,
Valorizando o
mais pobre,
Fazendo arte
de rua,
Na alegria do
povo
Esse coletivo
atua.
Alegria que
flutua
Nos ares
desta Chapada,
Que dança com
os brincantes
Nas noites de
terreirada
E repercute
nas encostas
Ao ritmo da
zabumbada.
Essa turma
Camarada
Respeita a
diversidade,
Semeia a paz
inquieta,
Luta pela
liberdade,
Valoriza a
tradição
Vivendo a
modernidade.
Faz das ruas
da cidade
Espaço de
luta e arte;
Manancial de
energia,
Da justiça
baluarte,
Do carnaval
da alegria
É a grande
porta-estandarte.
Do Coletivo
faz parte
A inclusão
cultural,
Aglomeração
das artes,
Dos tempos
grande sinal,
Valores que
vêm do povo,
Educação
informal.
Preocupação
plural
Com os rumos
da juventude,
Que é
conclamada a agir
Com respeito
e atitude,
Buscando
através da arte
Uma vida em
plenitude.
Porque a arte
é virtude
Que dá
coragem e alento
Para seguir
batalhando
Sem enterrar
o talento,
Esculpindo a
consciência,
Burilando o
pensamento.
Para viver a
contento
Essa prática
coletiva
O sujeito tem
que ser
Amante da
arte viva,
Cultivar
corpo brincante,
Ter uma mente
inventiva.
Beber da
fonte nativa
E da grande
inspiração
Das vozes da
natureza
Que nos falam
ao coração,
Dando luz ao
pensamento,
Asas à
imaginação.
Ter boa
percepção
Da vida e
arte do povo,
Farejar
habilidades,
Descobrir
talento novo
Ajudar a ave
implume
Quebrar a
casca do ovo.
Esse Coletivo
eu louvo
Pela sua
nobre ação,
Pelo seu
envolvimento
Na grande
revolução
Que dá voz ao
excluído
E promove sua
ascensão.
E dessa
congregação
De toda arte
da gente
Brota uma
grande energia
Que nos
empurra pra frente,
Faz vencer os
obstáculos,
Ilumina nossa
mente.
Quem plantou
essa semente
Pensou grande
com certeza:
Pois do
coletivo vem
A verdadeira
riqueza,
Fruto da alma
do povo
Feita de arte
e beleza.
Ninguém vive
na pobreza
Se traz arte
na bagagem
E do fazer
coletivo
Entendeu bem
a mensagem
Redescobrindo
o segredo
Da boa
camaradagem.
Não se trata
de miragem
Nem mesmo
pura utopia:
Podemos mudar
o mundo
A partir do
dia-a-dia
A união faz a
força,
A arte traz
alegria!
E qual uma
estrela guia
Brilhando na
amplidão,
Esse Coletivo
vai
Espalhando
seu clarão,
Levando a
arte do povo
Aos quadrantes
da Nação.
*Nezite Alencar - nasceu
no sítio Olho D’água dos Guálteres, no Distrito de Quixariú-Campos Sales-CE.
É
graduada em História pela Universidade Regional do Cariri, com especialização
em História do Brasil.
Trabalhou na área de educação durante 40 anos, sendo atualmente
professora aposentada.
Escreve
poesia desde a adolescência, tendo publicado seu primeiro livro - “Em Forma de
Coração”- em 1987 e “Flor do Mato”(poesia) em 2006.
Participou da “Coleção Cordel” da Editora Paulus-SP, com três títulos
publicados, tendo também participação na coleção “Fura Bolo” da Fundação
Cargil-SP.
Recentemente publicou pela Editora Paulus o paradidático “Cordel das Festas e Danças Populares”.
Participou
do “Projeto Griô”, parceria do Ministério da Cultura com a Lira Nordestina,
Ponto de Cultura filiado à Universidade Regional do Cariri-URCA, em Juazeiro do
Norte-CE.
Foi
selecionada para o PRÊMIO MAIS CULTURA DE LITERATURA DE CORDEL - 2010 / Edição
PATATIVA DO ASSARÉ, do Ministério da Cultura, com o título “Juanito e o Monstro Marinho”, um paradidático infantil.
É membro
da Academia dos Cordelistas do Crato desde 2006, onde ocupa a cadeira 21.
CONTATOS:
Telefone: (88) 3521-4678 E-mail:
nezitealencar@globo.com
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